Historia

O Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (MUNCAB) é fruto de um sonho coletivo que atravessa gerações. Desde o final do século XX, intelectuais, artistas, pesquisadores e militantes da cultura negra reivindicavam a criação de um museu de caráter nacional, que reconhecesse e celebrasse a contribuição das populações de origem africana na formação do Brasil.

Esse ideal ganhou força no início dos anos 2000, a partir de encontros, debates e projetos que culminaram na criação do MUNCAB em Salvador — cidade que simboliza a diáspora africana e concentra alguns dos mais importantes patrimônios materiais e imateriais da herança afro-brasileira.

Instalado em prédios históricos no Centro Antigo da cidade, o museu nasceu para ser mais que um espaço expositivo: uma instituição de memória, educação e criação contemporânea, comprometida com a preservação do patrimônio material e imaterial e com a valorização da arte negra em todas as suas linguagens.

A realização desse projeto só foi possível a partir da mobilização de diferentes setores da sociedade e, sobretudo, à atuação da Amafro – Sociedade Amigos da Cultura Afro-Brasileira, que assumiu a gestão do museu com o compromisso de garantir transparência, sustentabilidade e coerência com os princípios de diversidade, inclusão e justiça social.

O MUNCAB é o resultado de uma construção coletiva. Cada conquista do museu reflete a força de um movimento que entende a cultura afro-brasileira como pilar da identidade nacional e como patrimônio da humanidade.

Ao reunir artes visuais negras contemporâneas, turismo cultural, programas educativos e ações sociais, o MUNCAB mantém vivo esse sonho coletivo — transformando-o em realidade para as gerações presentes e futuras.