O Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MICBR), promovido pelo Ministério da Cultura, prepara-se para reunir artistas, gestores, produtores e instituições de diversos países em sua edição de 2025, que ocorre em Fortaleza. Consolidado como um dos principais encontros da economia criativa na América Latina, o MICBR combina rodadas de negócios, formações, debates estratégicos e articulações internacionais voltadas ao fortalecimento das cadeias culturais brasileiras.
Entre os destaques da programação está a mesa “Como inserir artistas brasileiros no mercado internacional de arte: estratégias, players e tendências”, que será realizada no dia 6 de dezembro, às 15h30, no Mini Auditório do Centro Cultural Banco do Nordeste.
O painel reunirá a diretora do Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (MUNCAB), Cíntia Maria, o diretor executivo do Instituto Sacatar, Felix Toro, e a presidente da Associação Brasileira de Arte Contemporânea, Livia Conduru. A mediação estará a cargo da artista visual e gestora cultural Maria Macêdo.
A atividade pretende apresentar caminhos estratégicos para a inserção de artistas brasileiros no circuito internacional de arte, considerando a atenção crescente que o Brasil vem recebendo por suas narrativas culturais, sociais e territoriais. A mesa discutirá critérios utilizados por galerias e agentes internacionais na seleção de artistas, o papel das feiras e instituições estrangeiras, a importância de portfólios consistentes e as condições necessárias para construir uma trajetória artística sólida e reconhecida fora do país.
O encontro deve abordar também o impacto das residências artísticas, das plataformas de mobilidade cultural e das redes de articulação internacional, elementos que têm se mostrado fundamentais para ampliar a visibilidade de artistas brasileiros no exterior. Tendências contemporâneas — como o interesse crescente por obras que tratam de ancestralidade, raça, território e justiça social — também estarão no centro da discussão.
Para o MICBR, a mesa integra um esforço mais amplo de posicionar o Brasil como agente relevante no circuito global da arte contemporânea, estimulando políticas e práticas de internacionalização que considerem a diversidade das produções do país, incluindo as artes afro-brasileiras, indígenas e periféricas.
A expectativa é de que o debate contribua para qualificar estratégias institucionais, ampliar conexões profissionais e fortalecer a presença do Brasil no ecossistema internacional das artes.
