Consulado dos EUA visita o Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira e conhece exposições sobre memória e diáspora negra

Salvador, BA — O Cônsul-Geral dos Estados Unidos no Rio de Janeiro, Ryan Rowlands, visitou hoje (11/12) o Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (MUNCAB), em Salvador, acompanhado de sua esposa Stephanie Rowlands, e de uma comitiva diplomática. A visita teve como foco o conhecimento aprofundado das exposições em cartaz e o diálogo sobre cooperação cultural entre Brasil e Estados Unidos.

A delegação foi recebida pela equipe do museu e guiada pela exposição “Ancestral: Afro-Américas [Estados Unidos e Brasil]”, concebida no contexto das celebrações dos 200 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. Com curadoria de Ana Beatriz Almeida e Lauren Haynes e direção artística de Marcello Dantas, a mostra reúne mais de uma centena de obras de artistas afrodescendentes do Brasil e dos EUA, articulando as relações entre os dois países sob a ótica da diáspora africana e de suas expressões no campo das artes visuais.

Ao percorrer a exposição, o grupo conheceu um recorte que enfatiza vínculos históricos, políticos e estéticos entre as Américas Negras, evidenciando como a produção artística afro-diaspórica reconfigura narrativas hegemônicas e projeta novas formas de leitura sobre ancestralidade, território e identidade.

Em seguida, o Cônsul-Geral e a comitiva visitaram a exposição “Memória: Relatos de uma Outra História”, com curadoria de Nadine Hounkpatin e Jamile Coelho. A mostra, que integra a programação da Temporada França–Brasil, reúne obras de artistas negras do continente africano e da diáspora e propõe um mergulho nas camadas da memória como território vivo, coletivo e em disputa.

Organizada a partir de diferentes linguagens – como pintura, têxteis, escultura, vídeo, fotografia e performance – a curadoria coloca em evidência narrativas e experiências de mulheres negras que tensionam versões oficiais da história e apontam para outras formas de imaginar o mundo.

Para o MUNCAB, a visita do corpo diplomático norte-americano reforça o museu como espaço estratégico de diálogo internacional sobre cultura, memória e justiça racial, e contribui para ampliar redes de cooperação em torno da preservação e difusão das produções artísticas negras nas Américas.

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