Mais de 300 colaboradores da Petrobras visitam exposições no MUNCAB em ação de formação cultural

Mais de 300 colaboradores da Petrobras visitaram as exposições atualmente em cartaz no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (MUNCAB), em Salvador. A iniciativa, realizada em grupos ao longo do dia, marcou uma das maiores ações corporativas de aproximação com o museu e reforçou a circulação qualificada de públicos em torno das produções artísticas da diáspora africana. A Petrobras é patrocinadora oficial do MUNCAB, parceria que tem permitido ampliar a oferta de atividades educativas, expositivas e culturais ao longo do ano.

Os visitantes percorreram dois projetos expositivos de grande porte: “Ancestral: Afro-Américas” — parceria entre o MUNCAB e o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) — e “Memória: relatos de uma outra História”, mostra internacional que integra a Temporada França-Brasil 2025. As equipes de mediação do museu conduziram os grupos, destacando os eixos curatoriais e os diálogos entre arte e memória que atravessam ambas as exposições.

Em “Ancestral: Afro-Américas”, com direção artística de Marcello Dantas e curadoria de Ana Beatriz Almeida, o público teve contato com mais de 130 obras de artistas negros do Brasil e dos Estados Unidos, distribuídas em três núcleos — Corpo, Sonho e Espaço. A mostra estabelece paralelos entre a experiência afro-diaspórica nos dois países e propõe reflexões sobre identidade, espiritualidade, território e disputa simbólica. Uma ala complementar, dedicada à arte africana tradicional, traz curadoria de Renato Araújo da Silva, conectando ancestralidade e produções contemporâneas.

“Memória: relatos de uma outra História”, assinada por Nadine Hounkpatin e Jamile Coelho, reúne obras de 20 artistas negras provenientes de diversos países africanos e da diáspora. A exposição investiga a memória como campo político, propondo revisões de narrativas históricas e enfatizando a centralidade das mulheres negras como produtoras de conhecimento, linguagem e sensibilidade.

A visita dos colaboradores da Petrobras ampliou o alcance das duas mostras, que têm colocado o MUNCAB em posição de destaque no circuito cultural brasileiro. Para os participantes, a experiência funcionou não apenas como fruição estética, mas como uma espécie de formação crítica sobre temas como racismo estrutural, ancestralidade, reparação simbólica e desigualdades históricas — questões que atravessam as obras apresentadas.

A direção do museu avalia que ações desse porte reforçam a função pública do MUNCAB, aproximando trabalhadores de um debate cultural que, cada vez mais, extrapola os limites do setor artístico e alcança discussões sobre cidadania e responsabilidade social. Ao receber simultaneamente duas grandes exposições internacionais, o museu consolida-se como espaço de referência para pensar o passado e o presente da cultura afro-brasileira, ao mesmo tempo em que amplia a conexão com instituições que reconhecem o impacto social da arte.

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